29 de jul. de 2013

Centrais Sindicais convocam novo dia nacional de paralisações


Centrais convocam os trabalhadores a paralisarem suas atividades no dia 30 de agosto e incluem nova bandeira entre as reivindicações conjuntas




Após a forte mobilização dos trabalhadores no dia 11 de julho, as centrais sindicais brasileiras convocam nova data de paralisação nacional. A CSP-Conlutas, CUT, Força Sindical, UGT, CGTB, NCST, CGTB, CTB e CSB, em reunião no dia 12 de julho, deliberaram que no dia 30 de agosto os trabalhadores voltam a cruzar os braços e a paralisar suas atividades.

De acordo com Zé Maria, da Executiva Nacional da Central CSP Conlutas e também Presidente Nacional do PSTU, “na reunião do dia 12, encaminhamos duas decisões importantes. A primeira foi a definição do próximo passo da Jornada de Lutas iniciada em grande estilo no dia 11 de julho. Está convocado novo Dia Nacional de Paralisações para o dia 30 de agosto. Não é a greve geral que queríamos, e que seguimos defendendo como necessária. Mas é um passo nesse sentido. A segunda decisão importante é a incorporação de mais um ponto na pauta de reivindicações unitária. Foi acrescentada a exigência de aprovação do PL que está parado no Congresso nacional e que prevê salário igual para trabalho igual. O objetivo é combater a discriminação da mulher no trabalho”.

Segundo o dirigente sindical, a convocação do novo dia de paralisação nacional tem o objetivo de aumentar a pressão sobre patrões e o governo Dilma pelo atendimento da pauta de reivindicação unitária. Para Zé Maria, o modelo econômico vigente aplicado pelo governo federal é um dos principais entraves para o atendimento das reivindicações dos trabalhadores.  

“Os protestos vão exigir que o governo pare de destinar os recursos e a riqueza do país para os empresários e para os bancos. É preciso mudar a política econômica e destinar os recursos para melhorar a vida dos trabalhadores, atendendo suas reivindicações. Somos nós que produzimos a riqueza deste país, e esta riqueza tem que estar a serviço dos trabalhadores", argumenta Zé Maria.

A pauta de reivindicação envolve também redução da tarifa e melhoria do transporte público; mais investimentos em saúde e educação pública; fim do fator previdenciário e aumento das aposentadorias; redução da jornada de trabalho; fim dos leilões do petróleo; contra a PL 4330 da terceirização e por reforma agrária. Com o aumento da inflação nos últimos meses, refletido especialmente nos preços dos alimentos e com diversas categorias entrando em campanha salarial, o dia 30 ainda deve ser um dia de lutas por aumento geral de salários.

No ABC

 


Em nossa região, prof. Ivanci do Santos, da CSP-Conlutas, acredita que com o retorno das atividades nas escolas os professores e estudantes vão participar das ações do dia 30 de agosto com ainda mais força do que em junho: “Vamos às ruas contra a precarização da carreira do professor, exigindo mais verbas para a educação e os serviços públicos em nosso país, e menos dinheiro para os bancos, para o Papa e os grandes eventos como Copa do Mundo e Olimpíadas.” Disse o professor, que ainda acrescentou que espera que “os metalúrgicos do ABC novamente participem das ações do dia de lutas, mas que dessa vez façam um ato contra o governo e os patrões, refletindo os anseios dos trabalhadores”.