24 de mar. de 2016

Metalúrgicos do ABC vaiam presidente do sindicato ao defender Dilma

PSTU - ABC

Na tarde desta quinta feira (23/03) uma assembléia foi convocada pelo sindicato dos metalúrgicos do ABC na Volkswagen em São Bernardo do Campo, algo corriqueiro em uma categoria com um histórico de assembléias e greves que marcaram sua trajetória. Porém a atual situação destes trabalhadores trazia muitos temores sobre o que seria proposto, dado que hoje existem mais de 2 mil trabalhadores  de lay-off ( suspensão do contrato de trabalho) a ameaça da empresa de demitir, pois constantemente ela afirma que existe um excedente de mais de mil trabalhadores e a eminência de uma quebra de acordo de estabilidade que tem vigor até 2019.

Por conta de todos esses fatos os trabalhadores compareceram em peso na assembléia entre as trocas de turno, inclusive com uma grande participação dos mensalistas. Todos com uma grande expectativa que o sindicato iria informa de alguma negociação e propor algum encaminhamento para enfrentar esta situação complicada.

Mas logo nas primeiras palavras do secretario geral do sindicato,Wagnão, e depois do presidente do sindicato Rafael Marques, os trabalhadores perceberam que era uma assembléia armada para defender o Governo Dilma e o PT. Quando pela primeira vez o nome da Presidenta Dilma foi mencionado às vaias calaram o presidente do sindicato, muitos trabalhadores viraram as costas e abandonaram a assembléia, deixando os diretores do sindicato constrangidos e furiosos, com o rechaço que os trabalhadores estavam demonstrando, iniciou-se um coro de “fora, fora” contra o sindicato. Alguns trabalhadores chegaram a gritar também “fora Dilma” e outros “fora PT”.

Há cerca de 6 meses, uma assembleia chamada no pátio da fábrica também impediu que o diretor do sindicato pudesse defender o governo, e no dia 29 de março do ano passado em um ato contra a retirada de direitos, Vagner Freitas, presidente da CUT foi vaiado ao tentar defender Dilma, em um ato com cerca de 20 mil trabalhadores.

A recusa dos trabalhadores a defender o governo neste momento, em meio a uma grave crise política, se tornam históricos. Justamente porque a região, que é conhecida como o berço do PT, e a categoria que por décadas teve como seu principal líder, o Lula, vê claramente que o PT governa para banqueiros e empreiteiras e não para os trabalhadores, enxergam que o governo que esta propondo a reforma da previdência não merece sua defesa, que hoje o PT governa com o programa do PSDB, ou seja, da burguesia.

Porém este rechaço ao PT reafirma a necessidade de uma saída independente da classe trabalhadora, que nem PT, nem PSDB, nem PMDB tem condições de tirar os trabalhadores desta situação. Que o impeachment tão propagandeado como saída pela oposição de direita é trocar seis por meia-dúzia e que precisamos construir um terceiro campo, contra o governo e a oposição de direita que não nos representa!

Por isso, nós trabalhadores não podemos engrossar as manifestações como as do dia 13 de março, que são convocadas pela Globo, pelo PSDB, que exaltam a Justiça e a Polícia Federal que são contra os trabalhadores em suas greves e lutas. Mas também não podemos engrossar os atos que pretendem defender este governo que vem nos atacando duramente, jogando nas nossas costas a crise econômica. 

Queremos colocar para fora todos eles com a força independente dos trabalhadores.

Os metalúrgicos do ABC já provaram historicamente sua força, chamamos então a todos transformar esse rechaço e as vaias de ontem em uma alternativa contra todos aqueles que disputam o governo para juntos nos atacar. Chamamos a todos para construir as mobilizações do dia 1° de abril com a CSP-Conlutas e o Espaço de Unidade de Ação. Vamos às ruas contra o PT, esse Congresso, PMDB, PSDB e demais alternativas de direita!

19 de jan. de 2016

Revogar o aumento das tarifas no ABC e no Brasil!



PSTU ABC

O ano começou, e como já virou tradição os prefeitos e governadores assinam o aumento das tarifas no transporte público, garantindo e ampliando o lucro de seus aliados empresários do transporte. Desta vez, passagens de ônibus municipais, trem e metrô foram de R$3,50 para R$,380. A maior parte das linhas intermunicipais passou de R$ 3,55 para R$ 3,90 e o tróleibus chegou a absurdos R$ 4,00!

Nesse ataque, Marinho, Donizete Braga e Carlos Grana do PT, Paulo Pinheiro e Saulo Benevides do PMDB, Gabriel Maranhão do PSDB e Lauro Michels do PV aprovaram em conjunto este aumento, embora ele não tenha atingido as linhas municipais de todas as cidades, seguindo a linha de Geraldo Alckmin do PSDB e Fernando Haddad no estado e na capital. Todos juntos contra o povo trabalhador.


Jogando a crise nas costas dos trabalhadores

Desde o ano passado, o Brasil vem entrando em uma crise, reflexo da crise internacional e do  ajuste fiscal feito pelo governo Dilma do PT. O governo cortou mais de 10 bilhões de reais da saúde, da educação, aumentou diversas vezes e taxa básica de juros, colocando mais dinheiro do povo para ir aos credores da dívida, banqueiros e outros especuladores, ampliou a privatização da Petrobrás. Com essa política, o desemprego chegou a quase 10%, vários direitos são colocados em jogo, inclusive o direito a um transporte público de qualidade. Enquanto isso, os bancos batem lucros recordes.

Nesse ataque, PT, PMDB e PSDB e todos os partidos da ordem estão juntos, através de seus governos municipais, estaduais e gabinetes parlamentares, votando leis que ferem os direitos do povo. Um exemplo claro é o aumento das tarifas do transporte público que está sendo realizado em todo Brasil. Enquanto temos de enfrentar ônibus, trens e metrô lotados, riscos grandes de acidentes com a dupla função motorista/cobrador e poucas linhas, os empresários do transporte mantém e ampliam seus lucros.

Essa golpe só vem a agravar uma situação em que a cesta básica fica cada vez mais cara, com uma alta de mais de 9,46% em 2015  no ABC, segundo o Craisa, e em que os trabalhadores tem de enfrentar aumentos de 49% na conta de energia elétrica, 15,4% na de água, além dos preços mais altos da gasolina e aluguel.





Os estudantes de São Paulo mostraram o caminho da vitória! A saída é a luta!

A população já está mostrando que não vai aceitar facilmente essa situação! Só no grande ABC já ocorreram ao menos cinco atos, nas cidades de Mauá, Santo André e Diadema. Um próximo ato está marcado para o dia 19/01, terça-feira, concentração a partir das 17:30 no centro de São Bernardo do Campo.

Os atos são chamados pelo Comitê Regional Unificado contra o aumento das passagens no ABC, uma importante iniciativa que reúne movimentos da região na luta contra o aumento das passagens e pela tarifa zero. O PSTU defende que esta luta deve estar ao lado de uma luta contra o fim da segunda função nos ônibus, evitando assim as demissões e a função dupla do motorista, e pela estatização do transporte público sob controle dos trabalhadores e da população para que este direito não sirva mais para enriquecimento de alguns, mas sim para que o povo possa ter uma melhor qualidade de vida. Lutamos para que o passe-livre seja para todos os estudantes e também para os desempregados, sem limite de viagens. Além disso, exigimos fim do aumento da passagem e redução da tarifa rumo à tarifa zero.

Contra o aumento das tarifas no transporte público! Em defesa da tarifa zero!
Pelo fim da dupla função motorista-cobrador! Contra as demissões dos cobradores!
Estatização do transporte público sob controle dos trabalhadores e da população!
Fora Todos Eles: Dilma, Cunha, Aécio e Temer! Por um governo dos trabalhadores apoiado em conselhos populares!


12 de ago. de 2015

As mentiras de Donizete Braga: relato de uma trabalhadora da saúde de Mauá!

Por Cristina Oliveira



            Donizete Braga, como prefeito da cidade de Mauá, fala aos quatro ventos que a saúde e o trasporte da cidade estão sendo cuidados e que tudo está melhor. Porém, quem vive dentro da realidade  no dia a dia, percebe que não é bem assim.
            Faltam equipamentos importantes nas UPAS, que deveriam estar funcionando para salvar vidas. Mas a manutenção e o funcionamento destes equipamentos, que em sua grande maioria não funcionam desde a inauguração em 2011, evitaria o alto índice de mortes na cidade por ineficiência dos serviços de saúde.
            Os pacientes internados nas UPAS que precisam de transferência para o hospital de referência, o Hospital Nardini, esperam de 6 horas até 3 dias. Isso, quando não vão a óbito.
            Já nas UBS's a espera por marcação de consultas leva de 3 a 6 meses. Sem contar as ambulâncias sem manutenção adequada e periódica, e em quantidade insuficiente para o município.
            Remédios nas farmácias que fazem parte da grade mínima do SUS, quando aparecem, não suprem a demanda, o que obriga os contribuinte a ter gastos a mais em seu orçamento.
            Profissionais da higienização e limpeza nas unidades são obrigados, de forma velada, a trazerem materiais de suas casas para cumprirem com suas tarefas. As responsáveis pelas unidades foram intimidadas a ajudarem a Secretaria de Saúde a recolher papelões e garrafas PET para venderem e, assim, abastecerem as unidades com papel higiênico, papel toalha, etc.
            Os serviços de especialidades estão um caos. Quando o paciente consegue uma guia de encaminhamento de clínico ou ginecologista, a espera para a tal consulta é em média de 6 meses a um ano.
            Faltam seringas, agulhas, escalpes, fios de sutura. Um verdadeiro absurdo!
            VOCÊ CONFIA NOS DADOS ESTATÍSTICOS QUE O GOVERNO DONISETE BRAGA DIVULGA?
            O dia em que os profissionais da Saúde resolverem abrir a boca e falarem o que vivenciam no dia a dia, certamente aumentará ainda mais a revolta dos trabalhadores contra a qualidade dos serviços públicos.
            Isso porque só falamos de Mauá, mas a realidade da saúde no Brasil todo vai de mal a pior!
            Até agora, todos os governos só fizeram o bem para as elites. Enquanto isso, as bases que produzem a riqueza deste País estão vivendo no caos. Quando os governos fazem alguma coisa, podem saber que é de curto prazo.
            O bla-bla-blá das propagandas dos governos, desde a Dilma até os prefeitos, só conseguem enganar seus bajuladores, que não precisam usar a rede pública.
            As jornadas de Junho de 2013 deram um recado aos governantes: o povo trabalhador não aguenta mais tanto descaso. O nível de insatisfação com o governo Dilma é só mais um reflexo de que a revolta só está aumentando.
            Enquanto isso, o que fizeram os governos? Cortaram dinheiro dos serviços públicos para pagar os banqueiros e favorecerem as empreiteiras financiadoras de suas campanhas. A corrupção corre solta, como tem revelado a Operação Lava Jato.
            A grande mídia e os políticos poderosos tentam nos dizer que a única forma de mudança é a via eleitoral, mas tudo continua igual, até o momento.
            Somente uma greve geral, que unifique os trabalhadores de todas as categorias e o povo pobre que sofre todos os dias nas filas dos hospitais e nos ônibus lotados, pode construir um governo dos trabalhadores, que suspenda o bolsa banqueiro e invista a riqueza produzida com o nosso suor para atender as necessidades do povo trabalhador.