12 de ago. de 2015

As mentiras de Donizete Braga: relato de uma trabalhadora da saúde de Mauá!

Por Cristina Oliveira



            Donizete Braga, como prefeito da cidade de Mauá, fala aos quatro ventos que a saúde e o trasporte da cidade estão sendo cuidados e que tudo está melhor. Porém, quem vive dentro da realidade  no dia a dia, percebe que não é bem assim.
            Faltam equipamentos importantes nas UPAS, que deveriam estar funcionando para salvar vidas. Mas a manutenção e o funcionamento destes equipamentos, que em sua grande maioria não funcionam desde a inauguração em 2011, evitaria o alto índice de mortes na cidade por ineficiência dos serviços de saúde.
            Os pacientes internados nas UPAS que precisam de transferência para o hospital de referência, o Hospital Nardini, esperam de 6 horas até 3 dias. Isso, quando não vão a óbito.
            Já nas UBS's a espera por marcação de consultas leva de 3 a 6 meses. Sem contar as ambulâncias sem manutenção adequada e periódica, e em quantidade insuficiente para o município.
            Remédios nas farmácias que fazem parte da grade mínima do SUS, quando aparecem, não suprem a demanda, o que obriga os contribuinte a ter gastos a mais em seu orçamento.
            Profissionais da higienização e limpeza nas unidades são obrigados, de forma velada, a trazerem materiais de suas casas para cumprirem com suas tarefas. As responsáveis pelas unidades foram intimidadas a ajudarem a Secretaria de Saúde a recolher papelões e garrafas PET para venderem e, assim, abastecerem as unidades com papel higiênico, papel toalha, etc.
            Os serviços de especialidades estão um caos. Quando o paciente consegue uma guia de encaminhamento de clínico ou ginecologista, a espera para a tal consulta é em média de 6 meses a um ano.
            Faltam seringas, agulhas, escalpes, fios de sutura. Um verdadeiro absurdo!
            VOCÊ CONFIA NOS DADOS ESTATÍSTICOS QUE O GOVERNO DONISETE BRAGA DIVULGA?
            O dia em que os profissionais da Saúde resolverem abrir a boca e falarem o que vivenciam no dia a dia, certamente aumentará ainda mais a revolta dos trabalhadores contra a qualidade dos serviços públicos.
            Isso porque só falamos de Mauá, mas a realidade da saúde no Brasil todo vai de mal a pior!
            Até agora, todos os governos só fizeram o bem para as elites. Enquanto isso, as bases que produzem a riqueza deste País estão vivendo no caos. Quando os governos fazem alguma coisa, podem saber que é de curto prazo.
            O bla-bla-blá das propagandas dos governos, desde a Dilma até os prefeitos, só conseguem enganar seus bajuladores, que não precisam usar a rede pública.
            As jornadas de Junho de 2013 deram um recado aos governantes: o povo trabalhador não aguenta mais tanto descaso. O nível de insatisfação com o governo Dilma é só mais um reflexo de que a revolta só está aumentando.
            Enquanto isso, o que fizeram os governos? Cortaram dinheiro dos serviços públicos para pagar os banqueiros e favorecerem as empreiteiras financiadoras de suas campanhas. A corrupção corre solta, como tem revelado a Operação Lava Jato.
            A grande mídia e os políticos poderosos tentam nos dizer que a única forma de mudança é a via eleitoral, mas tudo continua igual, até o momento.
            Somente uma greve geral, que unifique os trabalhadores de todas as categorias e o povo pobre que sofre todos os dias nas filas dos hospitais e nos ônibus lotados, pode construir um governo dos trabalhadores, que suspenda o bolsa banqueiro e invista a riqueza produzida com o nosso suor para atender as necessidades do povo trabalhador.