30 de jun. de 2015

O ABC sofre com as demissões e ataque aos direitos, mas trabalhadores vão a luta


A ameaça aos empregos e aos direitos dos trabalhadores se intensifica no ABC paulista junto com a resistência dos trabalhadores.

O desemprego chegou a 13% na região, com 10 mil desempregados em maio a mais do abril. São mais de 300 demissões por dia no último mês!  O setor de serviços fechou 12 mil postos de trabalho, pois aí estão os trabalhadores terceirizados de logística, limpeza, alimentação. Com a queda na produção industrial todos os setores são afetados. Sem contar os milhares de trabalhadores em lay-off, férias coletivas e semana de trabalho reduzida que estão com os empregos ameaçados permanentemente. Esta semana a Volks anunciou lay-off para cerca de 2 mil trabalhadores.

Mas esse não é um problema só dos metalúrgicos: nas sete cidades da região é possível ver a paralisação das obras de infraestrutura e o desmonte e privatização nos serviços públicos. Os exemplos são a privatização da saúde em Diadema e a resistência de Marinho em dar o reajuste da inflação para os servidores do município de São Bernardo. Numa região onde a economia gira em torno da indústria, em especial das montadoras, a luta pelos empregos é uma luta de todos, pois afeta toda a população.

Só uma greve geral pode derrotar o ajuste fiscal de Dilma e do Congresso de picaretas!

A situação do ABC é reflexos da crise econômica que atinge o país. Dilma aliada ao Congresso conservador quer jogar essa crise nas nossas costas. Já foi aprovado um ajuste fiscal que ataca direitos como o auxílio doença, abono do PIS, seguro desemprego e pensão por morte. Além disso todo trabalhador sabe que o salário já não dá para as contas do mês.

No dia 29 foi um dia nacional de lutas e paralisações, aqui na região, cerca de 50 mil metalúrgicos cruzaram os braços, junto com servidores municipais de São Bernardo e outras categorias, contra o plano de ajuste do governo Dilma e as demissões. O que precisamos é de uma lei que obrigue a redução da jornada sem redução de salário para que não sejamos nós a pagar pela crise. Essas empresas mentem quando falam que estão no prejuízo. Pois querem seguir engordando os bolsos mesmo com a queda na produção. Mas o que está em jogo é a vida de milhares de famílias que vivem do trabalho.

Unificar as lutas no ABC rumo a greve geral!

Os trabalhadores estão mostrando disposição de resistir e lutar contra os efeitos da crise que só vem recaindo sobre nós, trabalhadores. Desde janeiro, com a greve da Volks que reverteu cerca de 800 demissões o clima de greves e mobilizações toma conta da região. Os trabalhadores da Mercedes seguem acampados em protesto as 500 demissões de abril.
No mesmo sentido vimos a greve dos servidores públicos de São Bernardo: foi evidente que Marinho não está nem aí para a educação, saúde e atendimento a população, já que se negou a atender a reivindicação dos trabalhadores. Isso sem falar no corte no almoço das crianças que estudam nas escolas municipais. “Dos trabalhadores” é só o nome que tem o governo do PT, que na verdade vem sendo bom mesmo só para os ricos e poderosos de São Bernardo.
Em Diadema parte da saúde foi privatizada e o prefeito Lauro Michels do PV, apelou para a repressão e, na base da porrada, aprovou a medida.

É hora de unificar essas lutas contra as demissões e o desmonte dos serviços públicos:
Por uma Medida provisória que proíba as demissões em massa!
Redução da jornada de trabalho sem redução de salários para não demitir!
Proibição das remessas de lucro das grandes multinacionais para manter os empregos!
Fim dos cortes na educação e pela volta imediata da merenda escolar para todas as crianças de São Bernardo!
Contra a privatização da Saúde de Diadema!
Nenhum corte nas verbas para moradia e obras de infra-estrutura nos bairros!

Contra o ajuste fiscal de Dilma que provoca a crise nos municípios!