A ameaça aos empregos e aos direitos dos trabalhadores se
intensifica no ABC paulista junto com a resistência dos trabalhadores.
O desemprego chegou a
13% na região, com 10 mil desempregados em maio a mais do abril. São mais de
300 demissões por dia no último mês!
O setor de serviços fechou 12 mil postos de trabalho, pois aí estão os
trabalhadores terceirizados de logística, limpeza, alimentação. Com a queda na
produção industrial todos os setores são afetados. Sem contar os milhares de
trabalhadores em lay-off, férias coletivas e semana de trabalho reduzida que
estão com os empregos ameaçados permanentemente. Esta semana a Volks anunciou
lay-off para cerca de 2 mil trabalhadores.
Mas esse não é um problema só dos metalúrgicos: nas sete
cidades da região é possível ver a paralisação das obras de infraestrutura e o
desmonte e privatização nos serviços públicos. Os exemplos são a privatização
da saúde em Diadema e a resistência de Marinho em dar o reajuste da inflação
para os servidores do município de São Bernardo. Numa região onde a economia
gira em torno da indústria, em especial das montadoras, a luta pelos empregos é
uma luta de todos, pois afeta toda a população.
Só uma greve geral
pode derrotar o ajuste fiscal de Dilma e do Congresso de picaretas!
A situação do ABC é reflexos da crise econômica que atinge o
país. Dilma aliada ao Congresso conservador quer jogar essa crise nas nossas
costas. Já foi aprovado um ajuste fiscal que ataca direitos como o auxílio
doença, abono do PIS, seguro desemprego e pensão por morte. Além disso todo
trabalhador sabe que o salário já não dá para as contas do mês.
No dia 29 foi um dia nacional de lutas e paralisações, aqui
na região, cerca de 50 mil metalúrgicos cruzaram os braços, junto com
servidores municipais de São Bernardo e outras categorias, contra o plano de
ajuste do governo Dilma e as demissões. O que precisamos é de uma lei que
obrigue a redução da jornada sem redução de salário para que não sejamos nós a
pagar pela crise. Essas empresas mentem quando falam que estão no prejuízo.
Pois querem seguir engordando os bolsos mesmo com a queda na produção. Mas o
que está em jogo é a vida de milhares de famílias que vivem do trabalho.
Unificar as lutas no
ABC rumo a greve geral!
Os trabalhadores estão mostrando disposição de resistir e
lutar contra os efeitos da crise que só vem recaindo sobre nós, trabalhadores. Desde
janeiro, com a greve da Volks que reverteu cerca de 800 demissões o clima de
greves e mobilizações toma conta da região. Os trabalhadores da Mercedes seguem
acampados em protesto as 500 demissões de abril.
No mesmo sentido vimos a greve dos servidores públicos de
São Bernardo: foi evidente que Marinho não está nem aí para a educação, saúde e
atendimento a população, já que se negou a atender a reivindicação dos trabalhadores.
Isso sem falar no corte no almoço das crianças que estudam nas escolas
municipais. “Dos trabalhadores” é só o nome que tem o governo do PT, que na
verdade vem sendo bom mesmo só para os ricos e poderosos de São Bernardo.
Em Diadema parte da saúde foi privatizada e o prefeito Lauro
Michels do PV, apelou para a repressão e, na base da porrada, aprovou a medida.
É hora de unificar essas lutas contra as demissões e o desmonte dos serviços públicos:
Por uma Medida provisória que proíba as demissões em massa!
Redução da jornada de trabalho sem redução de salários para não demitir!
Proibição das remessas de lucro das grandes multinacionais para manter
os empregos!
Fim dos cortes na educação e pela volta imediata da merenda escolar
para todas as crianças de São Bernardo!
Contra a privatização da Saúde de Diadema!
Nenhum corte nas verbas para moradia e obras de infra-estrutura nos
bairros!
Contra o ajuste fiscal de Dilma que provoca a crise nos municípios!