25 de nov. de 2014

Dia 25 de novembro: Lutar contra violência a mulher – tarefa de todos os trabalhadores latino-americanos!


Esta data não é à toa. Em 25 de novembro de 1960, as irmãs Mírabal foram assassinadas por se oporem abertamente à ditadura de Trujillo e se tornaram referencia pela luta contra o estado de exceção na Republica Dominicana. Por isso, essa data carrega um forte significado de luta.

Apesar de todo o discurso promovido pela mídia e pelos governantes e órgãos do governo sobre o avanço no combate a violência, a verdade é que os números da violência contra as mulheres ainda são muitos altos e tem aumentado nos últimos anos por todo mundo. Especialmente na America Latina, a estatística divulgada pela ONU no ano passado dá conta de pelo menos 1,8 mil assassinatos na América Latina (sem incluir Brasil – que tem uma cifra espantosa de 5 mil assassinatos por ano - e México – com 3,9 mil assassinatos entre 2012 e 2013). E todos esses casos registrados partem de uma certeza: não representam a realidade das mulheres por completo, pois muitas não têm coragem de denunciar, já que o principal agressor na maioria dos casos são parceiros e familiares próximos. Outro dado da ONU é que 70% da população feminina mundial já sofreu ou sofrerá algum tipo de violência. Ou seja, não é possível negar que existe uma ideologia de opressão as mulheres que vai desde a diferença salarial para o mesmo cargo até a violência física, emocional e psicológica.

Não somos objeto!

Isso só demonstra como as mulheres são vistas na sociedade: como objetos e propriedades as quais é possível se dispor a qualquer momento, as quais é possível determinar seus destinos sem se preocupar muito com suas necessidades, ou seja, ainda existe sim a imagem de ser inferior e marginalizado.

O imperialismo através da ONU e com o apoio dos governos nacionais diz ser possível vencer esta luta a partir do discurso do empoderamento. Mas a verdade é que isso é muito pouco, quase nada, já que, por exemplo, no Brasil, mesmo tendo uma presidente mulher, o índice de violência só vem aumentando nos últimos anos e o orçamento destinado ao combate a violência não superou R$0,26 por mulher até 2014. Ou o discurso da multimulher que diz ser possível estar no mercado de trabalho e ainda cuidar dos filhos e da casa.

Por tudo isso é preciso exigir mais dos governos e lutar para que esse tema seja de fato levado a serio. Não podemos mais aceitar que a morte e a violência ou a mercantilização de nossa vida sejam levadas como algo natural. É preciso travar uma luta contra o machismo e os padrões culturais e educacionais que naturalizam a violência contra as mulheres. É preciso organizar as mulheres em seus locais de trabalho e estudo e lutar por mais creches publicas, por melhores condições de trabalho, por melhores salários e equiparação salarial.

Precisamos lutar para que as trabalhadoras e trabalhadores estejam juntos contra o machismo, rumo a uma sociedade mais justa e socialista em que verdadeiramente mulheres e homens possam ser livres e felizes.

Organizar as mulheres de nossa classe é parte dessa tarefa e estamos dispostas a fazê-lo.

Junte-se a nós! Venha para o PSTU!