13 de mai. de 2015

Os servidores de São Bernardo do Campo pressionam, mobilizam e vão à Greve neste 13/05.

No ABC, Marinho é o único prefeito que ainda não apresentou proposta aos servidores municipais, já passados o mês da data base da categoria que é Março.

Com início às 6:00hs da manhã nesse dia 13 de  maio os servidores municipais de SBC iniciaram a greve com concentração na Praça Santa Filomena e passeata até a Câmara Municipal onde parte dos servidores entraram no Plenário Teresa Delta e outros profissionais seguiram em passeata pelas vias da cidade.

Segundo o sindicato da categoria, Sindserv, mais de 4 mil profissionais participam do ato desta quarta-feira.

Os servidores estão paralisados por reposição salarial e aumento real, vale transporte na integralidade aos trabalhadores, vale refeição no valor de R$ 22,97 ao dia, abono de natal de R$ 500,00, a todos os trabalhadores, ativos e aposentados, equiparação do piso salarial entre os regimes celetistas e estatutários. Melhorias no Convênio Médico que hoje está sucateado, com desvio de verbas na área da saúde. Abertura de concurso público em substituição a mão de obra terceirizada, plano de carreira entre outras reivindicações.

 Hoje os funcionários estatutários têm apenas um auxílio transporte de R$ 88,00 (independente de quantos ônibus peguem para ir ao local de trabalho para quem ganha até três pisos salarias da categoria), auxílio alimentação de R$ 154,00. Em 2013 e 2014 os servidores tiveram apenas 0,5% de aumento salarial e reposição de inflação e para este ano de 2015 o Prefeito Luiz Marinho nega-se a dar até a inflação, que já passa de 8%. Em vários setores há desvio de funções e péssimas condições de trabalho. Muitas creches permanecem sem a merenda escolar.

 O prefeito Luiz Marinho se diz surpreso com a greve porque há negociação em andamento e nova reunião marcada para dia 28 de maio quando a prefeitura vai dizer se tem ou não proposta para apresentar. O que o prefeito convenientemente se esquece de informar é que a data base da categoria é no mês de março e era esse o prazo para as negociações, e a proposta do prefeito é uma só: seguir enrolando!

E como a prefeitura se recusa a negociar, mostra que não está preocupada com as dificuldades por que passa a população e não quer fazer nada para melhorar as condições de trabalho e atendimento nas escolas, unidades básicas de saúde e outros serviços municipais. É muito descaso!

Contra o ajuste fiscal e a terceirização: a saída é a luta!
O PSTU apoia e se solidariza com a luta dos trabalhadores de SBC. Sabemos que a enrolação é sempre a primeira ação dos governos para barrar as reivindicações dos trabalhadores, seguida muitas vezes da repressão. Mas sabemos também que a greve é o principal instrumento de pressão dos trabalhadores, e que a mobilização nas ruas é o meio mais firme e seguro de obter conquistas.

A luta dos servidores de SBC hoje passa certamente pela luta contra a intransigência de Luiz Marinho, mas também passa pela luta contra o ajuste fiscal de Dilma, as MPs 664 e 665, o PL 4330 que permitirá as terceirizações em toda a cadeia produtiva, precarizando ainda mais as condições de trabalho.

Se os governos e patrões são intransigentes, nossa luta deve ser muito mais em defesa dos nossos direitos. Por isso organizações como o Sindserv/SBC e a CUT não podem seguir apoiando os governos do PT, que a cada dia nos mostram que na prática, governam para garantir os interesses dos bancos e das grandes empresas!

Por isso chamamos os companheiros a construir o dia 29 de maio, aprovado pela CSP Conlutas, CUT e outras Centrais como dia de paralisação contra o PL4330, as MPs 664 e 665 e o ajuste fiscal do governo.

Para barrar esses ataques, precisamos seguir o exemplo dos servidores de SBC, professores estaduais de São Paulo e tantas outras categorias que estão mostrando o caminho da luta. Precisamos de uma greve geral!