No
ABC, Marinho é o único prefeito que ainda não apresentou proposta aos
servidores municipais, já passados o mês da data base da categoria que é Março.
Com
início às 6:00hs da manhã nesse dia 13 de
maio os servidores municipais de SBC iniciaram a greve com concentração
na Praça Santa Filomena e passeata até a Câmara Municipal onde parte dos
servidores entraram no Plenário Teresa Delta e outros profissionais seguiram em
passeata pelas vias da cidade.
Segundo o
sindicato da categoria, Sindserv, mais de 4 mil profissionais participam do
ato desta quarta-feira.
Os servidores estão
paralisados por reposição salarial e aumento real, vale transporte na
integralidade aos trabalhadores, vale refeição no valor de R$ 22,97 ao dia,
abono de natal de R$ 500,00, a todos os trabalhadores, ativos e aposentados,
equiparação do piso salarial entre os regimes celetistas e estatutários.
Melhorias no Convênio Médico que hoje está sucateado, com desvio de verbas na
área da saúde. Abertura de concurso público em substituição a mão de obra
terceirizada, plano de carreira entre outras reivindicações.
Hoje os funcionários estatutários têm apenas
um auxílio transporte de R$ 88,00 (independente de quantos ônibus peguem para
ir ao local de trabalho para quem ganha até três pisos salarias da categoria),
auxílio alimentação de R$ 154,00. Em 2013 e 2014 os servidores tiveram apenas
0,5% de aumento salarial e reposição de inflação e para este ano de 2015 o
Prefeito Luiz Marinho nega-se a dar até a inflação, que já passa de 8%. Em
vários setores há desvio de funções e péssimas condições de trabalho. Muitas
creches permanecem sem a merenda escolar.
O prefeito Luiz
Marinho se diz surpreso com a greve porque há negociação em andamento e nova
reunião marcada para dia 28 de maio quando a prefeitura vai dizer se tem ou não
proposta para apresentar. O que o prefeito convenientemente se esquece de
informar é que a data base da categoria é no mês de março e era esse o prazo
para as negociações, e a proposta do prefeito é uma só: seguir enrolando!
E como a prefeitura se
recusa a negociar, mostra que não está preocupada com as dificuldades por que
passa a população e não quer fazer nada para melhorar as condições de trabalho
e atendimento nas escolas, unidades básicas de saúde e outros serviços
municipais. É muito descaso!
Contra
o ajuste fiscal e a terceirização: a saída é a luta!
O PSTU apoia e se
solidariza com a luta dos trabalhadores de SBC. Sabemos que a enrolação é
sempre a primeira ação dos governos para barrar as reivindicações dos
trabalhadores, seguida muitas vezes da repressão. Mas sabemos também que a
greve é o principal instrumento de pressão dos trabalhadores, e que a
mobilização nas ruas é o meio mais firme e seguro de obter conquistas.
A luta dos servidores
de SBC hoje passa certamente pela luta contra a intransigência de Luiz Marinho,
mas também passa pela luta contra o ajuste fiscal de Dilma, as MPs 664 e 665, o
PL 4330 que permitirá as terceirizações em toda a cadeia produtiva,
precarizando ainda mais as condições de trabalho.
Se os governos e
patrões são intransigentes, nossa luta deve ser muito mais em defesa dos nossos
direitos. Por isso organizações como o Sindserv/SBC e a CUT não podem seguir
apoiando os governos do PT, que a cada dia nos mostram que na prática, governam
para garantir os interesses dos bancos e das grandes empresas!
Por isso chamamos os
companheiros a construir o dia 29 de maio, aprovado pela CSP Conlutas, CUT e
outras Centrais como dia de paralisação contra o PL4330, as MPs 664 e 665 e o
ajuste fiscal do governo.
Para barrar esses
ataques, precisamos seguir o exemplo dos servidores de SBC, professores
estaduais de São Paulo e tantas outras categorias que estão mostrando o caminho
da luta. Precisamos de uma greve geral!