12 de set. de 2012

Nota de apoio à greve dos metalúrgicos do ABC e em defesa das reivindicações da categoria!



Ocorreu no dia 10 de setembro em todas as empresas, onde há CSE – Comitê Sindical de Empresa, da categoria (com exceção das montadoras e fundição) – greve de 24 horas como forma de advertência a patronal que se nega a atender as reivindicações salariais, principalmente aumento real e abono.

Os trabalhadores reivindicam licença-maternidade de 180 dias, redução da jornada para 40 horas semanais, seguro devida e reposição salarial conforme a inflação e 2,5% de aumento real e abono salarial.

Depois de vários anos sem uma greve geral de 24 horas em toda a base da categoria, os trabalhadores fazem uma verdadeira demonstração de unidade e luta contra a negativa dos setores patronais, como o Sindipeças ligado as indústrias de autopeças na região.

No ultimo dia 5 de setembro em assembleia na sede do sindicato os trabalhadores votaram por unanimidade a paralisação por 24 horas do dia de hoje. Com possibilidade de retomarem na próxima semana greve por tempo indeterminado se não avançarem as negociações e as propostas.

Esse é um momento muito especial na categoria, pois, depois de muitos anos a direção do sindicato se utiliza da ferramenta de luta mais importante, a greve, e possibilitando o debate da unidade, da mobilização e organização no chão de fabrica para enfrentar as adversidades e ataques dos patrões, como é o caso das demissões nesses últimos meses, apostando na reação da classe para a luta pelos seus direitos e conquistas.

Nas montadoras foram fechados acordos por dois anos (na VW por cinco anos) e que é necessário os trabalhadores fazerem um balanço dessa forma tática de segmentar a categoria com acordos diferenciados por setores da base e na possível fragmentação da categoria nos próximos anos.

Mesmo com vários benefícios, renúncias fiscais e financiamento do Governo Dilma/Lula, os patrões insistem em não conceder as reivindicações dos trabalhadores na campanha salarial desse ano. Provando que essas concessões não garantem necessariamente empregos e direitos. E que o enfrentamento direto é a ferramenta necessária para destravar a pauta dos trabalhadores.

O PSTU ABC é integralmente solidário a luta de todos trabalhadores e trabalhadoras na categoria e se coloca na trincheira para avançar a pauta dos operários.

Vamos à luta!