Ocorreu no dia 10 de setembro em todas
as empresas, onde há CSE – Comitê Sindical de Empresa, da categoria (com
exceção das montadoras e fundição) – greve de 24 horas como forma de
advertência a patronal que se nega a atender as reivindicações salariais,
principalmente aumento real e abono.
Os trabalhadores
reivindicam licença-maternidade de 180 dias, redução da jornada para 40 horas
semanais, seguro devida e reposição salarial conforme
a inflação e 2,5% de aumento real e abono salarial.
Depois de vários anos sem uma greve geral de 24 horas em toda a base da categoria, os trabalhadores fazem uma verdadeira demonstração de unidade e luta contra a negativa dos setores patronais, como o Sindipeças ligado as indústrias de autopeças na região.
No ultimo dia 5 de
setembro em assembleia na sede do sindicato os trabalhadores votaram por
unanimidade a paralisação por 24 horas do dia de hoje. Com possibilidade de
retomarem na próxima semana greve por tempo indeterminado se não avançarem as
negociações e as propostas.
Esse é um momento
muito especial na categoria, pois, depois de muitos anos a direção do sindicato
se utiliza da ferramenta de luta mais importante, a greve, e possibilitando o
debate da unidade, da mobilização e organização no chão de fabrica para
enfrentar as adversidades e ataques dos patrões, como é o caso das demissões
nesses últimos meses, apostando na reação da classe para a luta pelos seus
direitos e conquistas.
Nas montadoras foram
fechados acordos por dois anos (na VW por cinco anos) e que é necessário os
trabalhadores fazerem um balanço dessa forma tática de segmentar a categoria
com acordos diferenciados por setores da base e na possível fragmentação da categoria
nos próximos anos.
Mesmo com vários
benefícios, renúncias fiscais e financiamento do Governo Dilma/Lula, os patrões
insistem em não conceder as reivindicações dos trabalhadores na campanha
salarial desse ano. Provando que essas concessões não garantem necessariamente
empregos e direitos. E que o enfrentamento direto é a ferramenta necessária
para destravar a pauta dos trabalhadores.
O PSTU ABC é
integralmente solidário a luta de todos trabalhadores e trabalhadoras na
categoria e se coloca na trincheira para avançar a pauta dos operários.
Vamos à luta!